Notabilizado pelos ataques à imprensa e, inclusive, por acusar a mídia de “enganar o povo nessa questão do coronavírus”, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) assinou no último domingo (22) um decreto que define as atividades e os serviços relacionados à imprensa como essenciais. A determinação foi publicada no diário oficial da União.
No documento, o chefe de Estado destaca a lei nº 13.979 que versa sobre as medidas necessárias no país para o combate ao coronavírus. Esta lei deve “resguardar o exercício pleno e o funcionamento das atividades e dos serviços relacionados à imprensa, considerados essenciais no fornecimento de informações à população, e dar efetividade ao princípio constitucional da publicidade em relação aos atos praticados pelo Estado”.
O decreto proíbe a restrição à circulação de trabalhadores que possa afetar o funcionamento das atividades e dos serviços essenciais previstos no documento.
“Na execução das atividades e dos serviços essenciais de que trata este Decreto deverão ser adotadas todas as cautelas para redução da transmissibilidade da covid-19”, acrescenta.
Contraponto
Apesar do decreto, ainda neste domingo o presidente manteve o discurso de minimizar as medidas de restrições de circulação e consequente atividade econômica tomada por governadores.
Segundo Bolsonaro, o povo saberá que foi enganado pelos governadores e pela mídia na crise do coronavírus.
Em entrevista veiculada pela TV Record, Bolsonaro disse que “brevemente o povo saberá que foi enganado por esses governadores e por grande parte da mídia nessa questão do coronavírus “.
Bolsonaro disse que a população não pode entrar em pânico e que doenças como essa costumam ocorrer.
Com informações Folhapress – foto: Isac Nóbrega/PR