Por Redação – Foto AFP

O presidente argentino enfrenta uma disputa peculiar com a Feira do Livro de Buenos Aires. Javier Milei, avançando com seu “plano motosserra” para enxugar a máquina estatal, tem liderado demissões, cortes de orçamento e críticas verbais às instituições culturais argentinas, públicas e privadas. Ele argumenta que tais instituições estão infiltradas por “kirchneristas” e “comunistas” e defende sua transferência para o setor privado.

A Biblioteca Nacional já contabiliza 120 demissões, abrigando preciosidades como a coleção de originais de Jorge Luis Borges e manuscritos históricos. Além disso, a biblioteca organiza eventos culturais com escritores nacionais e estrangeiros.

O presidente optou por reduzir os recursos destinados à Feira do Livro de Buenos Aires, importante evento que recebe cerca de 1 milhão de visitantes anualmente. A tensão aumentou quando Milei solicitou lançar seu livro na feira, apesar de criticá-la publicamente. A decisão de Milei de realizar o evento principal em um local nobre e distribuir 5.000 ingressos gratuitos foi contestada por Alejandro Vaccaro, presidente da feira, que enfrentava dificuldades financeiras para organizar o evento com segurança.