Por Redação – Foto: Divulgação

Em 1936, durante os Jogos Olímpicos realizados em Berlim, Alemanha, Adolf Hitler estava no poder, esperando usar o evento como uma plataforma para promover sua ideologia de “supremacia ariana”. Contudo, ele foi surpreendido pelo desempenho notável de atleta negro norte-americano Jesse Owens, que conquistou quatro medalhas de ouro, desafiando as expectativas do ditador.

Embora Hitler fosse contrário à realização do evento esportivo em seu país, concordou em sediar a cerimônia para empregá-la como uma ferramenta de propaganda para promover o nazismo. Seu objetivo era reforçar o conceito de “supremacia ariana”, uma ideologia que levou muitos alemães a se considerarem superiores a indivíduos de outras nações ou grupos, como os judeus.

Se destacou o atleta afro-americano Jesse Cleveland Owens, então com 22 anos, natural de Alabama, nos Estados Unidos. Owens tornou-se o primeiro atleta a conquistar quatro medalhas de ouro em uma única Olimpíada, desafiando diretamente a ideia de superioridade da raça ariana com sua vitória.

Ele conquistou as medalhas nas provas de 100m, 200m, revezamento 4x100m e salto em distância. Apesar da Alemanha liderar as Olimpíadas naquele ano, com 33 medalhas de ouro em comparação com as 24 dos Estados Unidos, a vitória de Jesse Owens tornou-se um marco simbólico na história. Ele, como homem negro, subiu ao pódio em pleno regime nazista, desafiando as narrativas discriminatórias da época.

O atleta compartilhou em sua biografia que as experiências de racismo não se limitaram à Alemanha, estendendo-se também ao seu próprio país. O presidente da época, Franklin Roosevelt, não lhe enviou um telegrama de parabéns pela conquista. Além disso, Owens foi compelido a entrar pela porta dos fundos da Casa Branca, enquanto seus colegas brancos da equipe tinham acesso pela entrada principal.

Jesse Owens faleceu em 31 de março de 1980, aos 66 anos de idade.