Contundente, contraditório, respeitado e, como na abertura deste texto, muito adjetivado, morreu aos 76 anos no Rio de Janeiro, o jornalista Paulo Henrique Amorim, derrubado na noite de ontem por um infarto fulminante.

Crítico ferrenho do presidente Jair Bolsonaro – o que, segundo especulações, lhe custou o afastamento das bancadas da RecordTV onde trabalhava como apresentador desde 2003 e cujo dono, Edir Macedo apoiou a candidatura do atual ocupante do Palácio do Planalto – Paulo Henrique Amorim teve passagens por diversas emissoras como a TV Globo e Bandeirantes.

Paulo Henrique Amorim também ficou conhecido pela defesa enfática que fazia dos governos petistas através do seu blog “Conversa Afiada” onde tratava de assuntos sobre política e economia e tecia críticas ao governo Bolsonaro e à veículos da mídia como a Rede Globo.

Calou-se Paulo Henrique Amorim, o homem de temperamento forte e língua solta que chegou a ser condenado em 2016 por crime de injúria racial contra o também jornalista Heraldo Pereira que foi por ele chamado de “negro de alma branca” em seu blog. Além disso, envolveu-se em outros processos judiciais um deles, inclusive, com o ministro Gilmar Mendes, do STF.

Para além das controvérsias, processos e a opinião sempre firme e quase sempre inabalável, Paulo Henrique Amorim deixa o legado do bom e velho jornalismo e a coragem de desafiar poderosos.

RedaçãoNB/Imagem: Divulgação TV Record