Por Redação Foto

O Tribunal do Júri de Camaçari condenou Marcos Machado da Silva a 27 anos e quatro meses de reclusão pelo crime de homicídio qualificado. A sessão foi presidida pelo Juiz Waldir Viana Júnior, titular da Vara do Júri e Execuções Penais da cidade. O julgamento foi realizado nesta terça-feira (25), no Fórum Clemente Mariani.

O réu foi considerado culpado pelo assassinato qualificado de Lucilene da Silva e Leonardo Santana, tia e sobrinho, respectivamente. O crime ocorreu em 21 de julho de 2020, na localidade de Arembepe. A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) em 2020. Segundo a investigação, na noite do crime, Marcos, Lucilene e Leonardo estavam presentes em uma festa de aniversário. Durante o evento, o réu teria solicitado a Lucilene, sua namorada, para que deixassem a festa, mas ela recusou, dando início a uma discussão.

Posteriormente, Marcos deixou o local temporariamente e, ao retornar, pulou o muro da casa e tentou agredir a mulher, sendo contido por outras pessoas.
Em um trágico desfecho, após algum tempo, o trio chegou à casa em que moravam e Marcos, munido de uma faca tipo peixeira, desferiu golpes pelas costas de sua namorada e do sobrinho. De acordo com a denúncia, após cometer os assassinatos, o condenado trancou a residência e fugiu para a cidade de Santo Amaro, no Recôncavo.

A Polícia de Santo Amaro deteve Marcos 24 horas após o ocorrido. Dois dias após o crime, o juiz Waldir Viana Ribeiro Júnior decretou a prisão temporária do réu. Por questões de segurança, Marcos foi conduzido à 26ª Delegacia de Vila de Abrantes à época.

Relatos de familiares de Lucilene indicaram que ela havia se mudado para Camaçari após encerrar um relacionamento abusivo, no qual sofria constantes agressões. Ela trabalhava como vendedora em uma casa de material de construção em Arembepe. Lucilene conheceu Marcos Machado da Silva durante suas idas e vindas para visitar a família no Recôncavo e, no momento do crime, estavam morando juntos há pouco mais de uma semana. O pequeno Leonardo, sobrinho da vítima, foi viver com a tia após o falecimento de sua avó materna.

Após o julgamento, Marcos Machado da Silva foi condenado pelo júri popular a 27 anos e quatro meses de reclusão pelo crime de homicídio qualificado. A sentença foi proferida pelo juiz Waldir Viana Ribeiro Júnior, que conduziu a sessão de julgamento com imparcialidade e rigor, garantindo o devido processo legal ao réu e às partes envolvidas no caso.