O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Procuradoria Geral da República (PGR) se manifeste sobre um pedido de investigação contra Jair Bolsonaro por intimidação de servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O pedido de investigação, de autoria do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), solicita que seja apurado se Bolsonaro cometeu incitação ao crime, delito previsto no Código Penal. Pela Constituição, cabe ao MP analisar pedidos de apuração de delitos e, se encontrar indícios de irregularidades, propor a abertura de inquérito.

No último dia 16, Bolsonaro pediu em uma rede social que fossem divulgados os nomes dos diretores da Anvisa que autorizaram a aplicação da vacina contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos. Na mesma transmissão ao vivo, o presidente mentiu ao dizer que a vacina é experimental.

A intimidação de Bolsonaro contra técnicos da Anvisa é alvo de outra ação ação que tramita no STF, de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes.

Bolsonaro diz que não deixará sua filha, Laura, ser imunizada

Bolsonnaro disse nesta segunda-feira (27) que espera que o Judiciário não interfira na vacinação de crianças de 5 a 11 anos. Ele também ressaltou que sua filha Laura, de 11 anos, não será vacinada.

“Estamos conversando com o [ministro da Saúde, Marcelo] Queiroga nesse sentido. Ele, dia 5, deve ditar normas de como é que deve se vacinar crianças. Eu espero que não haja interferência do Judiciário; Espero, porque a minha filha não vai se vacinar — deixar bem claro. Ela tem 11 anos de idade”, disse o presidente ao conversar com a imprensa, em Santa Catarina.

Fonte: Brasil 247