Por Redação – Foto Saraiva Reprodução

A Livraria Saraiva informou nesta quinta-feira (21) que fechou todas as suas lojas físicas e que dará continuidade apenas com as vendas de livros através do site a partir da próxima segunda-feira (25).

A loja da Saraiva na região central de São Paulo não abriu as portas nesta quinta-feira. Ao todo o Grupo Saraiva mantinha cinco lojas físicas em todo o Brasil. A loja está passando por uma recuperação judicial desde 2018.

A empresa que enfrenta um processo de recuperação judicial, demitiu nesta quarta-feira, (20), os cerca de 150 colaboradores que estavam distribuídos nas áreas administrativas, na sede da livraria e nas lojas restantes. A notícia foi divulgada pelo site PublishNews e confirmada pela Folha de São paulo.

“A companhia informa, ainda, que recebeu, no último dia 21 de setembro de 2023, por questões de foro pessoal, o pedido de renúncia do Sr. Marcos Guedes Pereira, membro do Conselho de Administração da Saraiva”, disse trecho da nota da empresa.

No início desta semana, dois membros do conselho renunciaram às posições acusando a existência de uma falsa ata do Conselho de Administração assinada pelo presidente.

“A Companhia se encontra em recuperação judicial e com situação complexa frente ao cenário econômico do varejo brasileiro. Como já apresentado em fatos relevantes a atividade da Companhia reduziu-se expressivamente e, infelizmente, alguns pagamentos, inclusive o de Conselheiros, estão atrasados, o que, provavelmente irá gerar outras renúncias de conselheiros eleitos”, disse a empresa em fato relevante publicado na terça (19).

A recuperação judicial da Livraria Saraiva se estende desde novembro de 2018, quando apresentava dívida de cerca de R$ 675 milhões.

A empresa demitiu 500 funcionários em abril de 2020, depois de negociações com o Sindicato dos Comerciários de São Paulo.

Em 2021, o leilão que a rede abriu com o objetivo de vender parte de suas operações não atraiu nenhum comprador habilitado. O movimento era parte do acordo de recuperação judicial da empresa, que já ostentou o posto de maior varejista de livros do Brasil.

Com informações da Folha de São Paulo