A candidata da Revolução Cidadã, Luisa González, e o empresário Daniel Noboa lideram o escrutínio das eleições presidenciais no Equador e vão para o segundo turno.

HispanTV – González, do movimento Revolução Cidadã, liderado pelo ex-presidente Rafael Correa (2007-2017), obteve 33 por cento dos votos, enquanto Noboa obteve 24 por cento dos votos, após apuração de 67 por cento dos votos.

Em terceiro lugar está o jornalista Christian Zurita, substituto do assassinado Fernando Villavicencio, com 16 por cento, enquanto em quarto lugar está o empresário especialista em segurança Jan Topic, com 14 por cento.

Segundo a presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador, Diana Atamaint, com a tendência observada até agora, sem dúvida haverá um segundo turno em outubro entre os dois candidatos mais votados, já que para vencer no primeiro turno era necessário para alcançar pelo menos 40 por cento dos votos e uma diferença de pelo menos dez pontos sobre o resto.

Em suas primeiras declarações após o início da votação, González disse que o Equador “requer paz, trabalho, segurança, que voltemos a ser livres”, mas também emprego, educação e medicina.

“Pedimos a união de todos os equatorianos: setor privado, setor público, todas as forças do país para construir essa visão de pátria que nos dê condições dignas para todos e não apenas para um pequeno grupo”, disse González, a primeira mulher da história .Partido eleitoral equatoriano que disputará a Presidência no segundo turno.

Ela também revelou que se sente “profundamente grata porque, até agora no escrutínio, eles ganharam quase 1,5 milhão de votos a mais do que aqueles que a seguem”.

Por sua vez, Daniel Noboa revelou em conferência de imprensa que será ele quem terá a oportunidade de derrotar o candidato da Revolução Cidadã no escrutínio marcado para domingo, 15 de outubro.

“Não será a primeira vez que um novo projeto dá uma reviravolta no ‘establishment’ político. Esse frescor em fazer política é o que nos trouxe até aqui”, destacou.

Outros candidatos presidenciais, reconhecendo sua derrota, evitaram dar apoio explícito a qualquer um dos dois candidatos restantes.

Os equatorianos começam a votar neste domingo, às 7h, para eleger o novo presidente do país, em clima de ansiedade devido ao alto grau de violência.

A votação, que durou dez horas até às 17h00 locais (22h00 GMT), decorreu ao abrigo do estado de emergência decretado pelo Governo após o assassinato, a 9 de agosto,  do candidato presidencial Fernando Villavicencio .