Por Eduardo Tito – Foto Eduardo Tito

E chegamos ao fim de mais um Campeonato Baiano tendo o Esporte Clube Vitória levantando a taça pela 30ª vez na sua história. Quebrando um jejum de 7 anos em que amargou diversos tropeços ao longo do estadual. Na tarde deste domingo, 07 de abril, o Leão da Barra entrou novamente na Arena Fonte Nova, sem a presença da torcida, e jogou como se estivesse em casa. Aliás, que gloriosa virada os donos do Barradão impuseram no meu Bahia. 

Neste último jogo do Baianão 2024, o milionário e muito cansado time do Bahia, apenas entrou em campo para cumprir os noventa minutos e uns quebrados de acréscimos da partida. Novamente o Vitória com muito menos dinheiro em caixa e com jogadores muito longe da calçada de astros do futebol, deram um banho de vontade de jogar. Torcedor que analisa futebol sem paixão concorda que não teve um único BaVi em 2024 que o Esquadrão de Aço demonstrou vontade em campo superior ao do time do Barradão. 

O time do Bahia, comandado por Rogério Ceni, mais uma vez entra em campo com uma certa espiritualidade boçal. Só pensando assim para justificar certos comportamentos dentro e a beira do gramado. Parte do elenco do Bahia parece aquele servidor público que vai trabalhar com aquela má vontade mas com a certeza de que o salário vai cair na conta no fim do mês. Calma. Eu defendo os serviços públicos e sou 90% contra privatizações. Mas verdade seja dita. Tem muito servidor que não merece a tranquilidade financeira que o lhe proporciona. 

Então, quem explica esse comportamento de parte do elenco do Bahia? Quem explica Rezende, sempre Rezende, tomando vermelho quando realmente não deveria e acaba prejudicando o time? Quem explica o time do Bahia sempre que abre o placar recuar e tentar sempre jogar no contra ataque? Time cansado jogando no Contra-ataque? Oi? Quem explica um jogador correria como Biel ficar no banco nos dois primeiros BaVi do ano e nesta final ser logo substituído após a expulsão de Rezende? E olha que Biel era o jogador com mais vontade do elenco e responsável pela ótima jogada que gerou o gol de empate do Bahia. Quem explica essa rotina de substituições equivocadas do Bahia? Sim, só Rogério Ceni deveria explicar. Já que foi ele, liderando sua equipe técnica, que estagiou no Manchester City para aprender esquemas táticos do futebol moderno. 

Mas Ceni não explica! Nas coletivas de imprensa é mais uma figura tentando falar tecnicamente correto com algumas desculpas encontradas em Nárnia para explicar tropeços inexplicáveis. O Esporte Clube Vitória comandado por Léo Condé foi merecidamente campeão Baiano. O primo pobre humilhou (novamente) o primo milionário dentro da própria mansão. Não li, nem assisti as novas desculpas do nosso treinador para justificar mais um medonho jogo contra nossos empolgados rivais. Penso muitas vezes que o treinador Rogério Ceni opta por algumas táticas no jogo simplesmente e, orgulhosamente para ter o egoísta prazer da vitória conquista diretamente das mãos do treinador. Ceni deixa claro que não ganhará jogo com o obvio. Ele não vai fazer o feijão com arroz. Não! Ele peitou os galáticos do Flamengo para impor suas táticas narnianas. Porque não peitaria os medianos e caros jogadores do Bahia? Quem és tu Bahia? 

O atleta Rogério Ceni que fez histórias no futebol mundial está muito distante do treinador que se aventura no comando dos times à beira do gramado. O mito da camisa 1 levou décadas conquistando tudo no São Paulo Futebol Clube. E quem conhece de futebol, conhece os feitos de Rogério Ceni como goleiro. Dispensa apresentações. Como treinador já passou pelo próprio clube paulista por duas vezes, sem sucesso. Comandou o Cruzeiro de Minas Gerais, sua pior fase no comando de um time. Ceni herdou um timaço do Flamengo em 2020 onde foi campeão Brasileiro do mesmo ano e Carioca em 2021 mas por não agradar com um bom futebol e problemas de relacionamento com elenco Carioca, foi demitido. Ser demitido após ganhar dois títulos seguidos, sendo um Brasileirão? Isso não é normal. Sua melhor fase como professor foi com o Fortaleza conquistando o Brasileirão Série B em 2018, Dois títulos cearense e uma Copa do Nordeste. No Bahia por enquanto, nada a declarar. Só desabafar.

Agora que venha o resto do ano. Uma coisa é certa. Já me iludi com este “novo” Bahia. Definitivamente, não me iludo mais. E de Ceni, guardo na memória sua gloriosa fase de goleiro. Apenas Zetti e o Mito da camisa 1 do tricolor paulista me fizeram por vários babas, ter a vontade de jogar embaixo da trave. Mas do treinador, por enquanto, nem quero ouvir falar. Segue o baba!