Por Redação – Foto Reprodução

 

Uma pesquisa conduzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostrou dados sobre a contaminação por mercúrio entre indígenas de nove comunidades da Terra Indígena Yanomami. As imagens registradas em outubro de 2022 mostram crianças passando por avaliações dos pesquisadores da Fiocruz, que buscavam investigar os níveis de contaminação por mercúrio entre os indígenas que residem em áreas próximas aos garimpos ilegais.

O estudo abrangeu nove comunidades localizadas às margens do Rio Mucajaí, um dos mais afetados pela atividade de garimpo ilegal na Terra Yanomami. O mercúrio, utilizado pelos garimpeiros para extrair ouro, é lançado nos rios, contaminando a água e a cadeia alimentar dos animais, o que tem sérias repercussões na saúde da população indígena.

Os resultados da pesquisa, divulgados recentemente com o apoio do Instituto Socioambiental, são alarmantes: 94% dos indígenas estão contaminados com mercúrio; 84% apresentam níveis de contaminação acima de 2 microgramas por grama; 10,8% registram níveis acima de 6 microgramas por grama.

Tais índices ultrapassam em muito os limites estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que recomenda que os níveis de mercúrio no cabelo não ultrapassem 1 micrograma por grama.