Por Redação – Foto Reprodução

O policial aposentado, Anderson Carlos Teixeira, de 52, apontou uma arma para três crianças e atirou no cachorro das crianças, da raça Golden, alegando legítima defesa. Iasmin Lima, de 32 anos, responsável pelo cachorro chamado Churros, de 3 anos, disse que caminhava numa rua da Praia do Morro, Guarapari no Espirito Santo, com seus irmãos de 9 e 12 anos e sua filha de 1 ano. O animal estava solto e em determinado momento latiu e pulou em cima do homem. Ele sacou uma arma de fogo e anunciou para a família que iria matar o cachorro.

As crianças pediram “pelo amor de Deus” para o policial não atirar. O PM alegou que efetuou os disparos em “para se defender” do Golden. “Ele foi frio, portando uma arma sem o menor preparo psicológico. Queremos justiça, que ele pague pelo que fez”, desabafou Iasmin.

“Todos imploraram, mas as crianças foram as que mais pediram pelo amor de Deus pra ele não fazer nada, para não atirar. Porém, ele continuou com a arma apontada na nossa direção, nos intimidando, correndo um grande risco de atirar novamente, tanto que meu primeiro ato foi tirar as crianças dali”, relata Iasmin.

“Foi uma perda mesmo. As crianças estão péssimas, principalmente porque os meus irmãos mais novos viram. O Churros é porte grande, mas quem sabe como que é um Golden, super manso, eles são muito dóceis. Ele tava na rua passeando, ele tava sem coleira, porque ele é obediente, não morde ninguém. Ele se assustou com o latido do churros e disparou, e tirou da bolsinha a arma dele, e disparou”.

De acordo com relato da dona do animal, após os disparos o policial fugiu do local sem prestar socorro. Churros chegou a ser levado para uma clínica veterinária, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

“Saí andando na rua em direção à casa do meu pai que era a dois quarteirões dali e mandei minha irmã correr na frente para chamar meu pai para levar o churros ao veterinário. Eu estava com uma bebê de 1 ano no carrinho e andando devagar porque o Churros estava debilitado. Meu marido ficou no local para tentar olhar onde o cara ia”.

De acordo com matéria do Pragmatismo Político, a Polícia Militar do Espirito Santo foi acionada pela família que encontrou o Anderson Carlos e o conduziu para 5ª Delegacia Regional de Guarapari. Em depoimento ao delegado de plantão, Anderson disse que atirou para se defender do ataque do animal.

“Eu quero a justiça seja feita. Infelizmente, não tem como trazer o churros de volta, mas por causa do ato inconsequente. Da falta de responsabilidade dele, portando uma arma sem o menor psicológico pra isso, pela frieza e rápida atitude que teve. Ele deixou as crianças com o emocional super abalado, com medo, tristes, e desoladas com a falta do nosso bebezão que era a alegria da casa. Ele precisa pagar pelo que fez”, diz Iasmin.

Em nota, a Polícia Civil do Espirito Santo informou que o PM de Minas foi autuado em flagrante por maus-tratos aos animais e foi encaminhado para o Centro de Detenção Provisória de Guarapari. O policial passou por audiência de custódia e foi liberado sem necessidade de pagar fiança.

A Justiça determinou, no entanto, que o subtenente deve seguir uma série de medidas cautelares, como não sair da Grande Vitória sem autorização prévia e não frequentar bares, boates, prostíbulos e assemelhados. Ele também está proibido de utilizar arma de fogo.

A Polícia Militar de Minas (PMMG) informou que trata-se de ocorrência envolvendo policial militar aposentado e, por ser crime comum e não militar, o fato será apurado pela Polícia Civil do Espírito Santo. A PMMG informou.