Por Redação – Foto Marcelo Camargo/AgBrasil

A Polícia Federal (PF), cumpre na manhã desta terça-feira, (12), 16 mandatos de busca e apreensão em quatro estados brasileiros. A PF investiga suspeita de fraudes realizadas na compra de equipamentos durante a intervenção federal no estado Rio de Janeiro em 2018

De acordo com o site UOL, os mandados estão sendo cumpridos nos estados do Rio de Janeiro, Distrito Federal, Minas Gerais e São Paulo

O General Braga Neto, interventor federal no Rio de Janeiro nomeado pelo então presidente da época, Michel Temer (MDB), teve o sigilo telefônico quebrado. Ele não é alvo da operação, mas investigado. Braga neto também foi ministro da Casa Civil do governo do ex-presidente Bolsonaro.

A Polícia Federal apura o envolvimento de servidores públicos federais com os crimes de patrocínio de contratação indevida, dispensa ilegal de licitação e organização criminosa durante a compra dos coletes balísticos no período da intervenção.

As compras foram realizadas com a empresa norteamericana CTU Security LLC pelo gabinete de intervenção federal.

Segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), o valor total do sobrepreço da compra dos coletes foi de R$ 4.640.159,40. O valor total pago à empresa pela compra após despesa de licitação foi de R$ 40.169.320,80 (US$ 9.451.605,60), entregues no dia 23 de janeiro de 2019. Em setembro de 2018 O dinheiro da compra foi devolvido ao Brasil após suspensão de contrato.

A Agência de Investigações de Segurança Interna dos Estados Unidos ajudou nas investigações, apontando o sobrepreço dos coletes balísticos comprados pelo Brasil. O suposto crime foi descoberto durante a investigação do país sobre o assassinato do presidente haitiano Jovenel Moises, em julho de 2021. Na ocasião, segundo as investigações dos EUA, a CTU Security LLC forneceu a logística militar para executar o então presidente.

Além do contrato superfaturado com a empresa americana, a operação investiga suposta prática de conluio de duas empresas brasileiras da área de proteção balística. Elas possuem milhões em contratos públicos e formariam um cartel, segundo a PF. O nome das empresas não foi divulgado pela polícia.

Informações do UOL