O principal complexo da ONU na capital da província afegã de Herat foi atacado por “elementos não-governamentais” nesta sexta-feira (30), sendo que um segurança foi morto, reporta a Missão de Assistência da ONU no Afeganistão (UNAMA, na sigla em inglês)

O ataque, envolvendo granadas e armas de propulsão de foguetes, aconteceu horas após os combatentes do Talibã (organização terrorista proibida na Rússia e em outros países) invadirem a cidade de Herat, resultando em graves confrontos com as Forças de Segurança afegãs perto da sede provincial da UNAMA, informa o jornal The Guardian.

Em um comunicado após o ataque, a ONU disse que buscava entender realmente o que se tinha passado. Não ficou ainda claro quem foi o responsável pelo incidente, mas um oficial de segurança já informou que todos os complexos diplomáticos da cidade foram colocados em alerta máximo.

Deborah Lyons, representante especial do secretário-geral da ONU no Afeganistão, comentou que “este ataque contra as Nações Unidas é deplorável e nós o condenamos nos termos mais veementes”, citada pela mídia.

A UNAMA, por sua vez, informou que nenhum funcionário da ONU ficou ferido no ataque.

Ex-mujahideen apoiador das forças afegãs no combate ao Talibã, província de Herat, Afeganistão, 10 de julho de 2021
© REUTERS / JALIL AHMAD Ex-mujahideen apoiador das forças afegãs no combate ao Talibã, província de Herat, Afeganistão, 10 de julho de 2021

Herat é a segunda capital provincial invadida pelo Talibã em apenas 24 horas. Os membros do grupo entraram na capital da província de Helmand, no sul do país, um dia antes, e os confrontos continuaram por lá. Muitos civis acabaram fugindo da cidade, conta o The Guardian.

Com a retirada das forças estrangeiras do Afeganistão, o Talibã tem conseguido capturar vários territórios no decorrer dos últimos dois meses, mas ainda sem capturarem com sucesso nenhuma capital provincial.

Um relatório da ONU informa que o número de vítimas tem aumentado. O número de causalidades em maio e junho deste ano é equivalente à soma dos quatros meses anteriores, isto é, janeiro, fevereiro, março e abril de 2021. As vítimas de julho, por sua vez, ainda não foram contabilizadas, correspondendo ao mês em que os conflitos se intensificaram.

Fonte: Sputnik Brasil