O deputado federal João Campos (PSB-PE) protocolou, nesta quarta-feira (23), a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a origem das manchas de óleo nas praias nordestinas.

No pedido, que ainda aguarda despacho da presidência da Câmara, o parlamentar pede que também seja feita avaliação de medidas que estão sendo tomadas pelos órgãos competentes, apurar responsabilidades pelo vazamento e propor ações que mitiguem ou cessem os atuais danos e a ocorrência de novos acidentes.

Após a criação, validada por mais de 200 assinaturas de parlamentares de diferentes siglas da Câmara, o deputado aguarda, agora, despacho do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

“O tempo de resposta do governo federal tem se mostrado lento. Acho que o parlamento brasileiro precisa se colocar à disposição do povo. O instrumento que a gente tem aqui na Casa mais eficaz é a Comissão Parlamentar de Inquérito”, afirmou.

Em rede nacional, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foi à televisão nesta quarta-feira, 23, para dizer que “desde o primeiro momento que o governo acionou diversos órgãos para avaliar o problema e tomar as devidas ações para monitorar o comportamento das manchas de óleo.” Ele agradeceu também à população que se engajou na limpeza das praias.

Apesar da afirmação do ministro, informações dão conta de que o Plano Nacional de Contingência do governo federal, um documento criado em 2013 para lidar com situações de emergência como a do vazamento de petróleo que suja todo o Nordeste brasileiro, só foi oficialmente formalizado pelo seu ministério no dia 11 de outubro, 41 dias depois de terem surgido as primeiras manchas de petróleo no litoral.

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